quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Artigo Técnico-Cientifico

RELAÇÕES DE GÊNERO NOS ANOS INICIAIS E SUAS REPERCUSSÕES NO PROCESSO ENSINO APRENDIZAGEM

Weslane Alves dos Santos[i]
Adriana Cristina de Sousa Farias [ii]
Elizete Santos Balbino[iii]
10. Educação, corpo, sexualidade, gênero.
Resumo

As pesquisas sobre os gêneros masculino e feminino apontam que desde o momento do nascimento, meninos e meninas apresentam diferenças em suas experiências e comportamentos. Desse modo, o presente trabalho analisa as diferenças de aprendizagem entre meninos e meninas dos anos iniciais do ensino fundamental. A metodologia utilizada foi a pesquisa bibliográfica e a de campo, cuja coleta de dados foi realizada através de um questionário com sete professoras do primeiro ao terceiro ano ensino fundamental de uma escola do município de Arapiraca – AL. Os resultados revelaram que existem diferenças na aprendizagem escolar entre meninos e meninas, que vão além das diferenças biológicas.

Palavras- chave: Anos iniciais. Aprendizagem escolar. Gênero.

ABSTRACT
Relationship of genres in the early years and their impact on the learning process

Research on male and female genres show that from the moment of birth, boys and girls have difrenças on their experiences and behaviors. Thus the present study analyzes the differences in learning between girls and meninnos the early years of elementary school. The methodology used was the literature and field research, coletad whose data was conducted through a questionnaire with seven teachers from first to third year of teaching elementary school in a school, municipality of Arapiraca-Al. The results revealed that there are differences in school learning between boys and girls, that go beyond biological differences.

Key words: early years. School learning. Genre.


Introdução
As relações entre os gêneros e suas diferenças são contemporaneamente muito discutidas e para efetivamente darmos conta dessas discussões temos que adentrar em todas as instituições que estão presentes na formação de todas as pessoas e a instituição escolar se configura como um desses espaço
Esse  estudo tem como objetivo analisa as diferenças de aprendizagem entre meninos e meninas dos anos iniciais do ensino fundamental.
A metodologia utilizada foi a pesquisa bibliográfica e a de campo, cuja coleta de dados foi realizada através de um questionário com sete professoras do primeiro ao terceiro ano ensino fundamental de uma escola do município de Arapiraca – AL. Na base teórica utilizamos os estudos de Finco (2013); Louro (2012); Macêdo (2003); Paechter (2013), dentre outros.
Para compreendermos a pesquisa, inicialmente falamos sobre o conceito de gênero e  de como no decorrer da vida a sociedade impõe modelos de comportamento esperado para homens/mulheres, no qual antes do nascimento são decididas as cores, os brinquedos e até mesmo o emprego, considerando sempre o gênero de cada um, determinando que a menina deve brincar de boneca e o menino já não se enquadra nessa brincadeira, causando uma separação de sexos; Em seguida, falamos sobre as relações de gênero no contexto escolar, com a intenção de compreendermos como essas relações interferem no processo de ensino aprendizagem de meninos e meninas; Nos resultados e discussões mostramos os dados colhidos, através da aplicação dos questionários com as professoras participantes deste estudo. Para finalizar, as considerações finais destacam que existem diferenças entre meninos e meninas que vão além das biológicas e anatômicas, entretanto, é preciso ter cautela, pois essas diferenças não podem ser generalizadas.

As relações de gênero

Para falar de gênero faz-se necessário inicialmente partir para o conceito e nesse sentido Cabral; Diaz (1998) coloca que gênero se refere às relações sociais desiguais de poder entre homens e mulheres que são o resultado de uma construção social do papel do homem e da mulher a partir das diferenças sexuais.
Desde o nascimento a criança já carrega consigo características ou ideias impostas pela a sociedade, que são constituídas por intermédio da família, escola,
igreja e  comunidade de modo geral. Como aponta Paechter (2013, p.13), desde o momento do nascimento, meninos e meninas são tratados de forma diferente pelos familiares e por outros adultos. Ensinando que ambos são diferentes e que os dois gêneros têm diferentes  experiências e comportamentos.
E no decorrer da vida a sociedade impõe modelos de comportamento esperado para homens/mulheres, no qual antes do nascimento são decididas as cores, os brinquedos e até mesmo o emprego, considerando sempre o gênero de cada um, determinando que a menina deve brincar de boneca e o menino já não se enquadra nessa brincadeira, causando uma separação de sexos.
  Nesse sentido, as crianças baseiam-se no que é transmitido no discurso, assim como nas características físicas ou nas atividades e nos comportamentos que vêm diariamente ao seu redor, para então constituir sua identidade (DECLERCQ; MOREAU, 2013, p.21).
 São comportamentos que estão implícitos, mas que contribuí no processo da formação da identidade. Apesar de não ser dito claramente é esperado que a menina deva ter comportamento calmo, delicado e o menino pode ser mais agitado em suas atitudes, pois isso é o normal  para o gênero masculino/feminino, situações que mostrem atitudes contrária já são vistas com espanto.  Esses estereótipos fazem com que as ideias pré-concebidas tornem-se um fato natural, no qual a sociedade impõe suas opiniões, e quer que seja seguidas e respeitadas a todo custo, quem foge a regra de certo modo é julgado como “estranho”.
Segundo Macêdo (2003, p.18):

[...] não existe uma determinação natural dos comportamentos de homens e de mulheres, apesar de inúmeras regras sociais calcadas  numa suposta  determinação biológica diferencial dos sexos, usadas nos exemplos mais corriqueiros como “mulher não pode levantar peso” ou “homem não tem jeito para cuidar de criança”.


Dentro desta perspectiva, o gênero tem relação direta com o meio cultural e social, sendo determinante para a construção da personalidade do individuo. Entretanto, outros estudos consideram que as relações construídas por meninos e meninas são vistas também partir do conceito biológico, social e econômico. O sexo biológico de uma pessoa é dado pela natureza, porém o gênero é construído ao logo do tempo, pela e sociedade que impõe o que são comportamento de menino e meninas. É preciso que se desconstrua esse ar natural  de que meninas e meninos são diferentes, e se essa diferença realmente existe a mesma deve aparecer de maneira a não siga os modelos impostos pela a sociedade que seja natural do ser (MACÊDO, 2003, p.19).
Para Declercq; Moreau (2013, p.19) a noção de identidade sexual é elaborada a partir não só de características biológicas e sociais, mas também psicológicas. O individuo apropria-se ou não das normas culturalmente definidas para o gênero. As crianças estão imersas a um grande número de opiniões, que  dispõe  um comportamento para meninos e outro para meninas e que passam a elaborarem seus conhecimentos, com a interação com as outras crianças. E, ainda, a identidade sexual se constrói muito cedo, pois a criança primeiramente observa as características físicas de cada gênero e posteriormente as atitudes pré-concebida dos mesmos.
Como explica Madureira (2007, p.65), antes mesmo de nascer o individuo já transporta os desejos dos pais e estes muitas vezes apresentam comportamentos histórico-sociais que estão implícitos e muitas vezes não são propriamente as características de homem/menino ou mulher/menina. A forma como essas características vão ser valorizadas ou não vai depender do momento histórico vivenciado por cada sociedade.
Dessa forma, entendemos que essas diferenças  interferem na formação do indivíduo dependendo de  como  o meio em que ele vive trata essa questões, se encara de forma  ‘normal’ a possível diferença, cobrando um comportamento para meninos e outro para meninas. Caso ocorram comportamentos estranhos ou ‘anormais’ para ambos os sexos, estes devem também ser encarados de forma natural,  considerando-se a forma como cada individuo irá absorver tais conceitos.

Particularidades de meninos e meninas no contexto escolar

Muito se fala do comportamento das crianças, em particular os das meninas que segundo pesquisa são diferentes desde cedo, tanto biologicamente quanto cognitivamente. Para Vitorino (2009, p.3), a menina possuiu um desenvolvimento físico e cognitivo mais rápido, ou seja,  tem um  amadurecimento maior desde o inicio com a fala, além de ter os órgãos visuais e auditivos mais aguçados. Dessa forma elas têm certa vantagem e essa vantagem favorece as mesmas na escola, ao desenvolvera leitura e escrita antes dos meninos.
 O autor ressalta também que essa rapidez ocorre também na puberdade, onde as meninas têm diferenças no amadurecimento, cerca de um ano e meio.  Porém, apesar desses fatos na maioria das vezes elas encontram dificuldades na sua carreira profissional,  por motivos que hoje já teve grande avanço comparando ao passado em que a mulher tinha seus direitos limitados.
 Na visão de Silva; Halpern; Silva (1999, p.212), os comportamentos das meninas têm uma empolgação maior na escola, considerando que a instituição escolar trata como iguais as formas de compensar a visão que a sociedade apresenta das mesmas, visando o seu lado profissional. Quando elas percebem que isso pode não acontecer que a questão familiar e profissional pode não ser  conciliadas e que a família deve vir em primeiro plano, sua  opinião em relação à escola muda. Elas acabam não crescendo profissionalmente, e na maioria das vezes as meninas casam mais cedo e se dedicam totalmente a família e não encontram apoio junto a sua nova família.
 Culturalmente a visão da sociedade é que as meninas são mais comportadas, frágil, omissa e devem aprende funções da maternidade, cuidar de casa. Vitorino (2009, p.4) “[...] das meninas, ninguém espera outro comportamento que não seja a delicadeza e a fragilidade. [...]”. Isso significa dizer que  as meninas  apresentam um desempenho nas disciplinas como português, ciência, ou seja, na área de humanas e os meninos teriam um melhor/maior desempenho nas disciplinas envolvendo cálculos, matemáticos, mas é claro que isso não significa uma regra. Porém, não podemos dizer que essa preferência é uma regra, pois da mesma forma que os meninos se identificam com cálculos algumas meninas também preferem, por exemplo, se identificar com essas disciplinas  ao invés de português.
Quando existem as identificações com determinadas áreas do conhecimento, Richartz; Santana (2010, p.4) explicam que: “Como o cérebro desenvolve segundo estímulos, as meninas acabam tendo desempenho melhor em português e artes. Os meninos por sua vez, são submetidos a experiências que estimule mais o desenvolvimento matemático”. Se o desempenho escolar está diretamente relacionado com o comportamento em sala de aula, os meninos e meninas são  prejudicados, pois esses estereótipos fazem com quer as ideias pré-concebida torne-se um fato natural e dessa forma deixa explicito que o menino precisa de mais espaço devido a sua maneira diferenciada de brincar; já a menina é vista como mais comportada e que ocupa um espaço menor, para suas brincadeiras que geralmente é com o uso de bonecas.
Para Louro (2012, p.64):

Tal "naturalidade” tão fortemente construída talvez nos impeça de notar que, no interior das atuais escolas, onde conviver meninos e meninas, rapazes e moças, eles e elas se movimentem, circulem e agrupem de formas distintas. Observamos, então, que eles parecer “precisar” de mais espaço do que elas parece preferirem “naturalmente” as atividades ao ar livre.

Para tanto, é importante  que se busque  tratar meninos e meninas  sem  ideias pré-concebidas e que procuremos identificar suas dificuldades de forma individual, para que não haja nem um tipo de separação por questões de gêneros.

A escola instituição de ensino formal procura garantir a educação formal, mas ela traz consigo seus modelos pré-concebidos. A escola que é composta por: gestão, professor, comunidade escolar e estrutura física, propiciando o contato entre o menino e menina, ou seja, a interação entre os mesmos. Além disso, é na escola também que eles adquirirem os  conceitos e pré-conceitos, por ter um maior número de pessoas cada um com suas diferenças.
Para Gösz (2008, p.20), a escola com sua organização produz a desigualdade no momento em que elas são percebidas ou entendidas como anormais. Dessa maneira, a escola tem o poder de normalizar as ideias pré-concebidas, sem rotular seus alunos para que a aprendizagem ocorra sem nenhuma forma de anormalidade, que são negativas ao reproduzirem essas diferenças.
Outro ponto importante a ser observado dentro da instituição educativa é o comportamento dos meninos e meninas, é preciso que se observem as possíveis diferenças, ou que se perceba a não existência das mesmas. Na opinião de Richartz; Santana (2010, p.3) “O saber produzido pela sociedade a respeito das diferenças sexuais norteia a compreensão sobre as relações entre mulheres e homens [...]”.
Podemos dizer que a sociedade impõe tais modelos e  não deveria ser assim, considerando  que as definições de gênero vão além do contexto biológico que é visível.
Partindo desse ponto, trabalhar  com as questões nas instituições de ensino e, principalmente, na educação infantil exige muitas reflexões. Para Finco(2013, p.5):

Nossos  corpos são complexos demais para dar respostas claras sobre as diferenças entre homens e mulheres, meninos e meninas. As ciências das áreas médicas, biológicas e psicológica passaram da discussão das diferenças externas para as diferenças internas quais seus efeitos sobre o que se entende e explicam, a partir dessa análise, quais seus efeitos  sobre o que se entende por masculinidade e feminilidade. Os paradoxos inerentes a tais raciocínios rondam o debate no campo da educação insiste-se na polaridade e justifica-se a natureza binária. Essa ideia reforçam os tabus e os mecanismos de defesa impostos sobre uma prepotência biológica que alguns pesquisadores chamarão de uma “pedagogia os hormônios.”  A “força dos hormônios” revela o poder que esses discursos conferem aos adultos e que também permeia as relações entre adulto e crianças. Interessa problematizar o sentido e  o significado que adquire esse discurso ao moldar as identidades das crianças na educação infantil. [...].


É  preciso, porém que se observem essas questões para que se possa tratar cada aluno individualmente e não de forma generalizada, pois muitas vezes deixa-se o individual de lado e passa a observar o coletivo, gerando certa desigualdade entre ambos os sexos.
 Wallon (2010) acredita que: “Em suma, é o mundo dos adultos que o meio lhe impõe e disso decorre, em cada época certa uniformidade de formação mental. Mas nem por isso o adulto tem o direito de só conhecer na criança o que põe nela. [...].” Para tanto é preciso observar para além do que a sociedade dita como modelo e perceber a criança no seu todo, independentemente do gênero da mesma. Muitas vezes  espera-se que a criança aja como adulto e que siga as ideias pré-concebidas dos mesmos, não levando em conta a espontaneidade das crianças. Dessa maneira, as crianças sem perceber acabam se adaptando aos modelos que lhe são impostos.
Outro ponto que deve ser levado em consideração, segundo Teixeira (2010, p.6) é que da mesma forma que os profissionais da escola são afetados com a questão de gênero, as crianças também são no cotidiano escolar, ao serem impostos quais deve ser os comportamentos esperados e  permitido ou negado de meninos e meninas. Além de mostra-lhe, o que é normal gostar e o que não é. Todavia, devemos discutir gênero no ambiente escolar de forma que colabore para a não existência de diferenças, que possam prejudicar o aluno/a no processo de ensino/aprendizagem.

Resultados e discussões

Dado a amplitude das questões gênero que é algo muito complexo e ainda é alvo de muitas contradições, percebemos uma  necessidade de problematizar alguns conceitos tradicionalmente utilizados em toda a comunidade, principalmente no contexto escolar que se tem uma interação maior entre grupos.  Para Macêdo (2003 p.32-33):

Gênero, enquanto uma categoria útil para a análise é de uso recente, cujo valor heurístico, ou seja, enquanto método de perguntas e respostas para encontrar a solução de vários problemas, permite uma abordagem das dimensões sócio-econômicas e das relações existentes entre os seres humanos. Esta categoria de análise, ainda em construção, tem o propósito de desnaturalizar as categorias homem e mulher, no sentido de indicar uma rejeição ao determinismo biológico.

 É por percebemos a importância de uma maior discussão acerca do tema realizou-se um questionário e com base na análise das respostas obtidas ampliamos o debateO questionário elaborado contendo seis perguntas relacionadas com as relações de gênero na sala de aula.  As professoras dos primeiros aos terceiros anos do turno vespertino da Escola de Ensino Fundamental Professor Jayme de Altavilla, expuseram seus pontos de vistas em relação gênero na sala de aula.
Então,  quando questionada se existe diferença no desempenho escolar de meninos e meninas em relação ao desempenho escolar das indagadas 62% responderam que sim, ou que depende da turma, e sobre quem apresenta um melhor desempenho, 88% responderam que são as meninas por ser mais aplicadas. Porém como revelam Moreau; Declercq (2013, p.20) “Contudo, é preciso considerar, por um lado,   que algumas crianças não seguirão a trajetória que geralmente  seguem as crianças de sua idade nem se apropriarão dos estereótipos de  gênero da mesma maneira”.
Outro tema abordado foi quem apresenta o índice de reprovação mais elevado, todas as entrevistadas responderam que são os meninos, ressaltando-se algumas exceções como em todos os casos.  Dessa forma, é possível observar que as meninas se sobressaem realmente com vantagem em algumas questões, é por isso que essas ideias pré-concebidas permanecem.
 Moreau e Declercq (2013, p.21) colocam que não temos as mesmas expectativas para os meninos e meninas, as vezes já se espera que um dos dois tenha um comportamento determinado, o que não acontece sempre. 
Sobre o comportamento em sala de aula questionou-se quem é mais comportado meninos ou meninas. Novamente, as participantes da pesquisa responderam que são as eninas, por serem mais calmas, sociáveis, responsáveis, organizadas e atentas.
Outro ponto abordado foi em relação às disciplinas matemática e português, qual meninos e meninas apresenta mais facilidade. Nesta questão, 75% responderam que português é a disciplinas que ambos apresentam facilidade. No quesito ludicidade, foi questionado se haveria uma separação por sexos na hora das brincadeiras por parte dos professores e crianças. A resposta foi que sempre há uma separação por parte das crianças, meninas brincam com meninas e meninos com os meninos, apesar das professoras tentarem impedir tal separação.
Por último, as participantes foram indagadas se existiam comportamentos diferenciados na maneira de tratar meninos e meninas e 88% respondeu que não faz distinção alguma entre os mesmos. Porém, duas professoras ressaltaram ter visto colegas fazer tal distinção.  O que não se pode permitir, pois o educador estar  na sala de aula para mediar o processo de ensino aprendizagem e não demonstrar tratamento diferente para determinado  gênero.

Considerações finais

Assim, em nossa pesquisa podemos constatar que existem  diferenças  entre  meninos e meninas e que estas diferenças vão muito além do biológico ou anatômico. No contexto escolar e, principalmente, nos anos iniciais as meninas se destacam como mais comportadas e aplicadas no processo de ensino-aprendizagem.
Constatamos também, que essas diferenças não são regras e que não cabe a instituição escolar, juntamente com seus membros, não padronizar um comportamento para a menina e outro para o menino, bem como fixar como ‘normal’.
O natural é analisar cada individuo de forma diferente sem impor rótulos e considerar que cada criança, seja menino ou menina, é diferente e que  independente de gênero, cada uma tem uma historia de vida diferente  e isso é que deve ser considerado.
Para tanto, o papel do professor nesse contexto é fundamental especialmente nessa fase, uma vez que ele vai poder questionar junto às crianças se alguns fatos existem ou se são apenas estereótipos impostos pela sociedade.



REFERÊNCIAS
CABRAL, F.; DÍAZ, M. Relações de gênero. In: SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE BELO HORIZONTE; FUNDAÇÃO ODEBRECHT. Cadernos afetividade e sexualidade na educação: um novo olhar. Belo Horizonte: Gráfica e Editora Rona Ltda, 1998. p. 142-150. Disponível em: <http://www.adolescencia.org.br/upl/ckfinder/files/pdf/Relacoes_Genero.pdf>. Acesso em: 26 maio 14.

DECLERCQ, Christelle de e MOREAU, Daniéle. As crianças não nascem meninos  ou meninos:tornam-se um ou outro. Pátio- educação infantil. Ano XI nº. 36,  p.19-21, jul/set. 2013.
FINCO, D. Os perigos da naturalização das relações sociais na educação infantil. Pátio- educação infantil. Ano XI nº. 36, p.4-7, jul/set.2013.
GÖSZ, Dirce Margarete. Representação de gênero no cotidiano de professoras e professores. 2008.154f.Dissertação( Mestrado em Educação), pela Universidade de Brasília,2008.Disponível em:<http://repositorio.unb.br/bitstream/10482/1047/1/DISSERTACAO_2008_DirceGrosz.pdf> Acesso em: 18 jul.2013.

JUNIOR, Durval Muniz de Albuquerque. Máquina de fazer machos: gênero e práticas culturais, desafio para o encontro das diferenças. In: MACHADO, Charliton José dos Santos; SANTIAGO, Idalina Maria Freitas lima; NUNES, Maria Lúcia da Silva. (Orgs.) Gênero e práticas culturais Desafios históricos e saberes interdisciplinares. Virtual books, Campina Grande: EDUEPB, 2010. 256 p. Disponível em:< http://books.scielo.org/id/tg384/pdf/machado-9788578791193.pdf > Acesso em: Agosto. 2013.
LOURO, Guacira, Lopes.  Gênero, sexualidade e educação: uma perspectiva pós-estruturalista. 14ª. ed. Petrópolis, Vozes, 2012, p.14-64.
MACÊDO, Goiacira Nascimento Segurado. A construção de gênero no discurso homens  e mulheres, dentro do contexto organizacional. 2003.181f. Dissertação (Mestrado em Psicologia)-Universidade Católica de Goiás, 2003. Disponível em:    <http://www.ucg.br/ucg/katiamacedo/dissertacoes/pdf/Goiacira_ConstrucaoRelacaoGeneroHomemMulher.pdf.> Acesso em: 13 jul.2013.
MADUREIRA, Ana Flávia do Amaral. Gênero, sexualidade e diversidade na escola: a construção de uma cultura democrática. 2007.429f. Tese(Doutorado em Psicologia)-pela Universidade de Brasília, 2007. Disponível  em: <http://repositorio.unb.br/bitstream/10482/1610/1/Tese_AnaFlaviaAmaralMadureira.pdf.> Acesso em: 30 agosto. 2013.
PAECHTER, Carrie. Por que meninos e meninas escolhem brinquedos diferentes. Pátio- educação infantil. Ano XI nº.36, p.12-15, jul/set.2013.
RICHARTZ, Terezinha;  SANTANA, Zionel. Relação de gênero e facilidade/dificuldade de aprendizagem: a influência dos estímulos recebidos na educação não formal e a repercussão no desenho escolar. In: Fazendo gênero 9, Diásporo, diversidade, deslocamento, 23-23 de agosto. 2010. Disponível em: <http://www.fazendogenero.ufsc.br/9/resources/anais/1277559365_ARQUIVO_ArtigoFazendoGeneroversa ofinal2.pdf> Acesso em: 12 jul. 2013.
SILVA, Carmén A. Duarte da; HALPERN,Sílvia;  BARROS, Fernando; SILVA, Luciana A. Duarte da . Meninas bem-comportadas, boas alunas; meninos inteligente, indisciplinados. Caderno de pesquisa, nº107, p.207-225, jul/1999. Disponível em <http://www.scielo.br/pdf/cp/n107/n107a09.pdf> Acesso em: 12 set. 2013.
VITORINO, Janete, Leony. Sucesso nas meninas, fracasso nos meninos: o papel do contexto nos distúrbios de aprendizagem e gênero, 2009. Psicologia. pt: o portal da psicologia.  P.1-13 Disponível em:<http://www.psicologia.pt/artigos/ver_artigo.php?codigo=A0650>Acesso Acesso em: 04 ago. 2013.
WALLON, Henri. A evolução psicológica da criança. Tradução Claudia Berliner São Paulo: Martins Fontes, 2002.



[i]Graduanda do 5º período do curso de Pedagogia da Universidade Estadual de Alagoas.
e-mail:wesllanne@hotmail.com
[ii]Graduanda do 5º período do curso de Pedagogia da Universidade Estadual de Alagoas.
e-mail:ad.rina@hotmail.com
[iii]Mestre em Educação pela UFAL, Professora Assistente do curso de pedagogia da Universidade Estadual de Alagoas. Coordenadora do Programa de Formação Continuada de Professores para Melhoria da Qualidade da Educação Básica Fapeal/Capes.
e-mail:elizete.balbino@hotmail.com










sábado, 11 de outubro de 2014

Bingo da adição e subtração

Intervenções das bolsistas
Turma:Edineide 
Bingo da adição e subtração (01-09-2014)
Objetivo: Desenvolver o raciocínio lógico e facilitar o aprendizado de forma prazerosa da adição e subtração.
Resultados alcançados: foi observado um bom desempenho durante a atividade, a maioria dos alunos já conseguem somar e subtrair com facilidade.
Bingo da adição e subtração (01-09-2014)
Objetivo: Desenvolver o raciocínio lógico e facilitar o aprendizado de forma prazerosa da adição e subtração.
Resultados alcançados: foi observado um bom desempenho durante a atividade, a maioria dos alunos já conseguem somar e subtrair com facilidade.


Correio da amizade

Intervenções das bolsistas
Turma:Edineide 
Correio da amizade (18-08-2014)
Objetivo: estimular a redação de cartas manuscritas pelas crianças para que se correspondam com os colegas e professores da turma e desenvolver a leitura oral.
Resultados alcançados: melhora da escrita e leitura oral; interação e socialização entre os alunos e laços de amizades fortalecidos pelos mesmos.







Confecção do Cantinho da leitura

Intervenções das bolsistas
Turma:Edineide 
Confecção do Cantinho da leitura (05-08-2014)
Objetivo: Despertar o interesse e o gosto pela leitura.
Objetivos alcançados: conhecimento de vários gêneros textuais; desenvolvimento de atitudes de interação e troca de experiências com a leitura; ampliação do vocabulário e o hábito de ler.



Leitura em cartaz da história: Soltando os bichos

Intervenções das bolsistas
Turma:Edineide 
Leitura em cartaz da história: Soltando os bichos (21-07-2014)
Objetivo: envolver os alunos na leitura e trabalhar as rimas contidas na história.
Resultados alcançados: Durante a história foram eleitos 12 alunos que tinham os mesmos adjetivos atribuídos aos bichinhos da história, foram entregues um crachá as crianças com o seu respectivo adjetivo, promovendo assim, a interação da turma na realização da atividade; e também a identificação de palavras com semelhanças sonoras.




Caça-rimas

Intervenções das bolsistas
Turma:Edineide 
Caça-rimas (20-05-2014)
Objetivo: identificar palavras com semelhanças sonoras.
Resultados alcançados: Os alunos puderam perceber que palavras diferentes podem possuir partes sonoras iguais (no final).






Texto Fatiado: Um macaco tão maluco

Intervenções das bolsistas
Turma:Edineide 
Texto Fatiado: Um macaco tão maluco (19-05-2014)
Objetivo: Despertar no aluno o gosto pela leitura e escrita e estruturar textos de forma coerente e coesa.
Resultados alcançados: Contato sistemático com a leitura e escrita; interação entre os alunos; conhecimento de novas palavras e estrutura de um texto coeso.