RELAÇÕES DE GÊNERO NOS ANOS INICIAIS E
SUAS REPERCUSSÕES NO PROCESSO ENSINO APRENDIZAGEM
Weslane Alves dos Santos[i]
Adriana Cristina de Sousa Farias [ii]
Elizete
Santos Balbino[iii]
10. Educação,
corpo, sexualidade, gênero.
Resumo
As
pesquisas sobre os gêneros masculino e feminino apontam que desde o momento do
nascimento, meninos e meninas apresentam diferenças em suas experiências e
comportamentos. Desse modo, o presente trabalho analisa as diferenças de
aprendizagem entre meninos e meninas dos anos iniciais do ensino fundamental. A
metodologia utilizada foi a pesquisa bibliográfica e a de campo, cuja coleta de
dados foi realizada através de um questionário com sete professoras do primeiro
ao terceiro ano ensino fundamental de uma escola do município de Arapiraca –
AL. Os resultados revelaram que existem diferenças na aprendizagem escolar entre
meninos e meninas, que vão além das diferenças biológicas.
Palavras- chave: Anos
iniciais. Aprendizagem escolar. Gênero.
ABSTRACT
Relationship of genres in the early years and their
impact on the learning process
Research on male and female genres show that from the
moment of birth, boys and girls have difrenças on their experiences and
behaviors. Thus the present study analyzes the differences in learning between
girls and meninnos the early years of elementary school. The methodology used
was the literature and field research, coletad whose data was conducted through
a questionnaire with seven teachers from first to third year of teaching
elementary school in a school, municipality of Arapiraca-Al. The results
revealed that there are differences in school learning between boys and girls,
that go beyond biological differences.
Key words: early years. School learning. Genre.
Introdução
As relações entre os gêneros e suas diferenças são
contemporaneamente muito discutidas e para efetivamente darmos conta dessas
discussões temos que adentrar em todas as instituições que estão presentes na
formação de todas as pessoas e a instituição escolar se configura como um desses
espaço
Esse estudo tem
como objetivo analisa as diferenças de aprendizagem entre meninos e meninas dos
anos iniciais do ensino fundamental.
A metodologia utilizada foi a pesquisa bibliográfica e a
de campo, cuja coleta de dados foi realizada através de um questionário com
sete professoras do primeiro ao terceiro ano ensino fundamental de uma escola
do município de Arapiraca – AL. Na base teórica utilizamos os estudos de Finco
(2013); Louro (2012); Macêdo (2003); Paechter (2013), dentre outros.
Para
compreendermos a pesquisa, inicialmente falamos
sobre o conceito de gênero e de como no decorrer da
vida a sociedade impõe modelos de comportamento esperado para homens/mulheres, no qual antes do
nascimento são decididas as cores, os brinquedos e até mesmo o emprego,
considerando sempre o gênero de cada um, determinando que a menina deve brincar
de boneca e o menino já não se enquadra nessa brincadeira, causando uma
separação de sexos; Em seguida, falamos sobre as
relações de gênero no contexto escolar, com a intenção de compreendermos como
essas relações interferem no processo de ensino aprendizagem de meninos e
meninas;
Nos resultados e discussões mostramos os dados colhidos, através
da aplicação dos questionários com as professoras participantes deste estudo. Para
finalizar, as considerações finais destacam que existem diferenças entre
meninos e meninas que vão além das biológicas e anatômicas, entretanto, é
preciso ter cautela, pois essas diferenças não podem ser generalizadas.
As relações de gênero
Para
falar de gênero faz-se necessário inicialmente partir para o conceito e nesse
sentido Cabral; Diaz (1998) coloca que gênero se refere às relações sociais
desiguais de poder entre homens e mulheres que são o resultado de uma construção
social do papel do homem e da mulher a partir das diferenças sexuais.
Desde o nascimento a criança já carrega consigo
características ou ideias impostas pela a sociedade, que são constituídas por
intermédio da família, escola,
igreja
e comunidade de modo geral. Como aponta Paechter (2013, p.13), desde o
momento do nascimento, meninos
e meninas são tratados de forma diferente pelos familiares e por outros adultos.
Ensinando que ambos são diferentes e que os dois gêneros têm diferentes experiências e comportamentos.
E no decorrer da vida a
sociedade impõe modelos de comportamento esperado para homens/mulheres, no qual
antes do nascimento são decididas as cores, os brinquedos e até mesmo o
emprego, considerando sempre o gênero de cada um, determinando que a menina deve
brincar de boneca e o menino já não se enquadra nessa brincadeira, causando uma
separação de sexos.
Nesse
sentido, as crianças baseiam-se no que é transmitido no discurso, assim como
nas características físicas ou nas atividades e nos comportamentos que vêm
diariamente ao seu redor, para então constituir sua identidade (DECLERCQ;
MOREAU, 2013, p.21).
São
comportamentos que estão implícitos, mas que contribuí no processo da formação
da identidade. Apesar de não ser dito claramente é esperado que a menina deva
ter comportamento calmo, delicado e o menino pode ser mais agitado em suas
atitudes, pois isso é o normal para o
gênero masculino/feminino, situações que mostrem atitudes contrária já são
vistas com espanto. Esses estereótipos fazem com que as ideias
pré-concebidas tornem-se um fato natural,
no qual a sociedade impõe suas opiniões, e quer que seja seguidas e respeitadas
a todo custo, quem foge a regra de certo modo é julgado como “estranho”.
Segundo Macêdo (2003, p.18):
[...] não existe uma
determinação natural dos comportamentos de homens e de mulheres, apesar de inúmeras
regras sociais calcadas numa
suposta determinação biológica
diferencial dos sexos, usadas nos exemplos mais corriqueiros como “mulher não
pode levantar peso” ou “homem não tem jeito para cuidar de criança”.
Dentro desta perspectiva, o gênero tem
relação direta com o meio cultural e social, sendo determinante para a
construção da personalidade do individuo. Entretanto, outros estudos consideram
que as relações construídas por meninos e meninas são vistas também partir do
conceito biológico, social e econômico. O sexo biológico de uma pessoa é dado
pela natureza, porém o gênero é construído ao logo do tempo, pela e sociedade que impõe o que são
comportamento de menino e meninas. É preciso que se desconstrua esse ar natural
de que meninas e meninos são diferentes,
e se essa diferença realmente existe a mesma deve aparecer de maneira a não
siga os modelos impostos pela a sociedade que seja natural do ser (MACÊDO,
2003, p.19).
Para Declercq; Moreau (2013, p.19) a noção
de identidade sexual é elaborada a partir não só de características biológicas
e sociais, mas também psicológicas. O individuo apropria-se ou não das normas
culturalmente definidas para o gênero. As crianças estão imersas a um grande
número de opiniões, que dispõe um comportamento para meninos e outro para
meninas e que passam a elaborarem seus conhecimentos, com a interação com as
outras crianças. E, ainda, a identidade sexual se constrói muito
cedo, pois a criança primeiramente observa as características físicas de cada
gênero e posteriormente as atitudes pré-concebida dos mesmos.
Como explica Madureira (2007, p.65), antes mesmo de
nascer o individuo já transporta os desejos dos pais e estes muitas vezes
apresentam comportamentos histórico-sociais que estão implícitos e muitas vezes
não são propriamente as características de homem/menino ou mulher/menina. A
forma como essas características vão ser valorizadas ou não vai depender do
momento histórico vivenciado por cada sociedade.
Dessa forma, entendemos que essas
diferenças interferem na formação do
indivíduo dependendo de como o meio em que ele vive trata essa questões,
se encara de forma ‘normal’ a possível
diferença, cobrando um comportamento para meninos e outro para meninas. Caso ocorram
comportamentos estranhos ou ‘anormais’ para ambos os sexos, estes devem também
ser encarados de forma natural, considerando-se
a forma como cada individuo irá absorver tais conceitos.
Particularidades de meninos e meninas no
contexto escolar
Muito se fala do comportamento das
crianças, em particular os das meninas que segundo pesquisa são diferentes desde
cedo, tanto biologicamente quanto cognitivamente. Para Vitorino (2009, p.3), a
menina possuiu um desenvolvimento físico e cognitivo mais rápido, ou seja, tem um amadurecimento maior desde o inicio com a fala,
além de ter os órgãos visuais e auditivos mais aguçados. Dessa
forma elas têm certa vantagem e essa vantagem favorece as mesmas na escola, ao
desenvolvera leitura e escrita antes dos meninos.
O autor ressalta também que essa
rapidez ocorre também na puberdade, onde as meninas têm diferenças no
amadurecimento, cerca de um ano e meio.
Porém, apesar desses fatos na maioria das vezes elas encontram
dificuldades na sua carreira profissional, por motivos que hoje já teve grande avanço
comparando ao passado em que a mulher tinha seus direitos limitados.
Na visão de Silva;
Halpern; Silva (1999, p.212), os comportamentos das meninas têm uma empolgação
maior na escola, considerando que a instituição escolar trata como iguais as
formas de compensar a visão que a sociedade apresenta das mesmas, visando o seu
lado profissional. Quando elas percebem que isso
pode não acontecer que a questão familiar e profissional pode não ser conciliadas e que a família deve vir em
primeiro plano, sua opinião em relação à
escola muda. Elas acabam não crescendo profissionalmente, e na maioria das
vezes as meninas casam mais cedo e se dedicam totalmente a família e não
encontram apoio junto a sua nova família.
Culturalmente a visão da sociedade é que as
meninas são mais comportadas, frágil, omissa e devem aprende funções da
maternidade, cuidar de casa. Vitorino (2009, p.4) “[...] das meninas, ninguém
espera outro comportamento que não seja a delicadeza e a fragilidade. [...]”. Isso significa dizer que
as meninas apresentam um
desempenho nas disciplinas como português, ciência, ou seja, na área de humanas
e os meninos teriam um melhor/maior desempenho nas disciplinas envolvendo cálculos,
matemáticos, mas é claro que isso não significa uma regra. Porém, não podemos dizer que essa preferência é uma
regra, pois da mesma forma que os meninos se identificam com cálculos algumas
meninas também preferem, por exemplo, se identificar com essas disciplinas ao invés de português.
Quando existem as identificações com
determinadas áreas do conhecimento, Richartz; Santana (2010, p.4) explicam que:
“Como o cérebro desenvolve segundo estímulos, as meninas acabam tendo desempenho
melhor em português e artes. Os meninos por sua vez, são submetidos a
experiências que estimule mais o desenvolvimento matemático”. Se o desempenho escolar está diretamente relacionado com
o comportamento em sala de aula, os meninos e meninas são prejudicados, pois esses estereótipos fazem
com quer as ideias pré-concebida torne-se um fato natural e dessa forma deixa
explicito que o menino precisa de mais espaço devido a sua maneira diferenciada
de brincar; já a menina é vista como mais comportada e que ocupa um espaço
menor, para suas brincadeiras que geralmente é com o uso de bonecas.
Para Louro (2012, p.64):
Tal "naturalidade” tão fortemente construída talvez nos
impeça de notar que, no interior das atuais escolas, onde conviver meninos e
meninas, rapazes e moças, eles e elas se movimentem, circulem e agrupem de
formas distintas. Observamos, então, que eles parecer “precisar” de mais espaço
do que elas parece preferirem “naturalmente” as atividades ao ar livre.
Para
tanto, é importante que se busque tratar meninos e meninas sem
ideias pré-concebidas e que procuremos identificar suas dificuldades de
forma individual, para que não haja nem um tipo de separação por questões de
gêneros.
A escola instituição de ensino formal
procura garantir a educação formal, mas ela traz consigo seus modelos pré-concebidos. A
escola que é composta por: gestão, professor, comunidade escolar e estrutura
física, propiciando o contato entre o menino e menina, ou seja, a interação
entre os mesmos. Além disso, é na escola também que eles adquirirem os conceitos e pré-conceitos, por ter um maior número
de pessoas cada um com suas diferenças.
Para Gösz (2008, p.20), a escola com sua
organização produz a desigualdade no momento em que elas são percebidas ou
entendidas como anormais. Dessa maneira, a escola tem o poder de normalizar as
ideias pré-concebidas, sem rotular seus alunos para que a aprendizagem ocorra
sem nenhuma forma de anormalidade, que são negativas ao reproduzirem essas
diferenças.
Outro ponto importante a ser observado dentro da
instituição educativa é o comportamento dos meninos e meninas, é preciso que se
observem as possíveis diferenças, ou que se perceba a não existência das mesmas.
Na opinião de Richartz; Santana (2010, p.3) “O saber produzido pela sociedade a
respeito das diferenças sexuais norteia a compreensão sobre as relações entre
mulheres e homens [...]”.
Podemos dizer que a sociedade impõe tais modelos
e não deveria ser assim, considerando que as definições de gênero vão além do
contexto biológico que é visível.
Partindo desse ponto, trabalhar com as questões nas instituições de ensino e,
principalmente, na educação infantil exige muitas reflexões. Para Finco(2013,
p.5):
Nossos corpos são complexos demais para dar
respostas claras sobre as diferenças entre homens e mulheres, meninos e
meninas. As ciências das áreas médicas, biológicas e psicológica passaram da
discussão das diferenças externas para as diferenças internas quais seus
efeitos sobre o que se entende e explicam, a partir dessa análise, quais seus
efeitos sobre o que se entende por
masculinidade e feminilidade. Os paradoxos inerentes a tais raciocínios rondam
o debate no campo da educação insiste-se na polaridade e justifica-se a
natureza binária. Essa ideia reforçam os tabus e os mecanismos de defesa
impostos sobre uma prepotência biológica que alguns pesquisadores chamarão de
uma “pedagogia os hormônios.” A “força
dos hormônios” revela o poder que esses discursos conferem aos adultos e que
também permeia as relações entre adulto e crianças. Interessa problematizar o
sentido e o significado que adquire esse
discurso ao moldar as identidades das crianças na educação infantil. [...].
É preciso, porém que se observem essas questões
para que se possa tratar cada aluno individualmente e não de forma generalizada,
pois muitas vezes deixa-se o individual de lado e passa a observar o coletivo,
gerando certa desigualdade entre ambos os sexos.
Wallon (2010) acredita que: “Em suma, é o mundo dos
adultos que o meio lhe impõe e disso decorre, em cada época certa uniformidade
de formação mental. Mas nem por isso o adulto tem o direito de só conhecer na
criança o que põe nela. [...].” Para tanto é
preciso observar para além do que a sociedade dita como modelo e perceber a
criança no seu todo, independentemente do gênero da mesma. Muitas vezes espera-se que a criança aja como adulto e que
siga as ideias pré-concebidas dos mesmos, não levando em conta a espontaneidade
das crianças. Dessa maneira, as crianças
sem perceber acabam se adaptando aos modelos que lhe são impostos.
Outro ponto que
deve ser levado em consideração, segundo Teixeira (2010, p.6) é que da mesma
forma que os profissionais da escola são afetados com a questão de gênero, as
crianças também são no cotidiano escolar, ao serem impostos quais deve ser os
comportamentos esperados e permitido ou
negado de meninos e meninas. Além de mostra-lhe, o que é normal gostar e o que
não é. Todavia, devemos discutir gênero no ambiente escolar de forma que
colabore para a não existência de diferenças, que possam prejudicar o aluno/a
no processo de ensino/aprendizagem.
Resultados e discussões
Dado a amplitude das questões gênero que é
algo muito complexo e ainda é alvo de muitas contradições, percebemos uma necessidade de problematizar alguns conceitos
tradicionalmente utilizados em toda a comunidade, principalmente no contexto
escolar que se tem uma interação maior entre grupos. Para Macêdo (2003 p.32-33):
Gênero, enquanto uma categoria útil
para a análise é de uso recente, cujo valor heurístico, ou seja, enquanto
método de perguntas e respostas para encontrar a solução de vários problemas,
permite uma abordagem das dimensões sócio-econômicas e das relações existentes
entre os seres humanos. Esta categoria de análise, ainda em construção, tem o
propósito de desnaturalizar as categorias homem e mulher, no sentido de
indicar uma rejeição ao determinismo biológico.
É por percebemos a importância de uma maior
discussão acerca do tema realizou-se um questionário e com base na análise das
respostas obtidas ampliamos o debate. O
questionário elaborado contendo seis perguntas relacionadas com as relações de gênero
na sala de aula. As professoras dos
primeiros aos terceiros anos do turno vespertino da Escola de Ensino
Fundamental Professor Jayme de Altavilla, expuseram seus pontos de vistas em
relação gênero na sala de aula.
Então, quando questionada
se existe diferença no desempenho escolar de meninos e meninas em relação ao desempenho
escolar das indagadas 62% responderam que sim, ou que depende da turma, e sobre
quem apresenta um melhor desempenho, 88% responderam que são as meninas por ser
mais aplicadas. Porém como revelam Moreau;
Declercq (2013, p.20) “Contudo, é preciso considerar, por um lado, que algumas crianças não seguirão a
trajetória que geralmente seguem as
crianças de sua idade nem se apropriarão dos estereótipos de gênero da mesma maneira”.
Outro tema abordado foi quem apresenta o índice de reprovação
mais elevado, todas as entrevistadas responderam que são os meninos,
ressaltando-se algumas exceções como em todos os casos. Dessa forma, é
possível observar que as meninas se sobressaem realmente com vantagem em
algumas questões, é por isso que essas ideias pré-concebidas permanecem.
Moreau e Declercq (2013,
p.21) colocam que não temos as mesmas expectativas para os meninos e meninas, as
vezes já se espera que um dos dois tenha um comportamento determinado, o que
não acontece sempre.
Sobre o comportamento em sala de aula questionou-se quem é mais
comportado meninos ou meninas. Novamente, as participantes da pesquisa
responderam que são as eninas, por serem mais calmas, sociáveis, responsáveis,
organizadas e atentas.
Outro ponto abordado foi em relação às disciplinas matemática e
português, qual meninos e meninas apresenta mais facilidade. Nesta questão, 75%
responderam que português é a disciplinas que ambos apresentam facilidade. No
quesito ludicidade, foi questionado se haveria uma separação por sexos na hora
das brincadeiras por parte dos professores e crianças. A resposta foi que
sempre há uma separação por parte das crianças, meninas brincam com meninas e
meninos com os meninos, apesar das professoras tentarem impedir tal separação.
Por último, as participantes foram indagadas se existiam
comportamentos diferenciados na maneira de tratar meninos e meninas e 88%
respondeu que não faz distinção alguma entre os mesmos. Porém, duas professoras
ressaltaram ter visto colegas fazer tal distinção. O que não se pode permitir, pois o educador
estar na sala de aula para mediar o
processo de ensino aprendizagem e não demonstrar tratamento diferente para
determinado gênero.
Considerações finais
Assim, em nossa pesquisa podemos constatar que existem diferenças
entre meninos e meninas e que
estas diferenças vão muito além do biológico ou anatômico. No contexto escolar
e, principalmente, nos anos iniciais as meninas se destacam como mais
comportadas e aplicadas no processo de ensino-aprendizagem.
Constatamos também, que essas diferenças não são regras e que não
cabe a instituição escolar, juntamente com seus membros, não padronizar um
comportamento para a menina e outro para o menino, bem como fixar como ‘normal’.
O natural é analisar cada individuo de forma diferente sem impor
rótulos e considerar que cada criança, seja menino ou menina, é diferente e que
independente de gênero, cada uma tem uma
historia de vida diferente e isso é que
deve ser considerado.
Para tanto, o papel do professor nesse contexto é fundamental especialmente
nessa fase, uma vez que ele vai poder questionar junto às crianças se alguns
fatos existem ou se são apenas estereótipos impostos pela sociedade.
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e-mail:wesllanne@hotmail.com
e-mail:ad.rina@hotmail.com
[iii]Mestre em Educação pela UFAL,
Professora Assistente do curso de pedagogia da Universidade Estadual de Alagoas.
Coordenadora do Programa de Formação Continuada de Professores para Melhoria da
Qualidade da Educação Básica Fapeal/Capes.
e-mail:elizete.balbino@hotmail.com